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Sobre o dia de Amanhã----que é Hoje!


Para a Europa em geral e Portugal em particular, acordamos agora para um cenário Real de que o confinamento/quarentena não foi o fim dos piores dias, mas uma fase difícil superada. O dia de Amanhã já não decorre de uma obrigação devastadora, antes de uma conveniência cívica de regressar.

Durante estes (muitos) dias passados "em casa" e ao computador ser um observador privilegiado permitiu-me acompanhar, num misto de curiosidade e de evolução aprendida, dois Tópicos de discussão.

O primeiro, que tem sido de sempre, nos processos de aprendizagem a distância. O da Avaliação e, em particular, a avaliação das aprendizagens/competências. Evoluiu-se? Sim, muito. Mas, é suficiente?

Apesar das muitas ferramentas disponíveis - testes online; ensaios; revisão de literatura; apresentações incluindo videos/podcast (que simultaneamente testa competência tecnológica, gráfica, imagem, ); pesquisa/investigação online; wiki's colaborativos e similares; blogs; eportfolios; debates e entrevistas online; etc -, e de uma tecnologia avançada, persistem dois elementos de controvérsia não consensual. O primeiro é o de testar ser uma prática indispensável para muitos professores em termos Somativos/Normativos. Enquanto para alguns outros a Avaliação Formativa (que é contínua, associada a retorno com apreciação critica) deve ser a prevalecente. Neste grupo, alguns advogam que o dia de Amanhã é uma oportunidade para acabar com a seriação de alunos através de testes escritos, orais ou mistos. Sem dúvida que este é um momento, quiçá bom, para discutir o modelo de comparação de alunos através de exames nacionais maciços e de fazer uma revolução no PISA e outros sistemas. É o que julgo estar a acontecer...mas é uma visão pessoal!

Orna Farrell@ #eagoraead ,aqui mesmo, escreveu o texto “Out of intense complexities, intense simplicities emerge.” de que retiro:

...""Podemos aproveitar esta oportunidade para limpar alguns elementos mortos "a mais" ou matar algumas vacas sagradas no sistema educativo. A vaca sagrada em que me concentrei foi o sistema de exame baseado no campus"..."Nestes tempos sem precedentes, é importante que apoiemos o bem-estar dos nossos alunos, ao mesmo tempo que abordamos a necessidade de ter uma avaliação de qualidade. Neste contexto de envolvimento dos alunos e da Covid-19, de utilização de baixa largura de banda, as avaliações flexíveis e assíncronas podem permitir aos nossos alunos ter sucesso na conclusão dos seus estudos e #keeplearning". ...."

A outra questão (ainda) muito discutida é o da Integridade de quem responde ou quem é o avaliado? Os sistemas de detecção automática estão já a caminhar para que tal de deixe de ser obstáculo. E a IA vai ajudar imenso. Mas, eis, que outra discussão se levantará! não estaremos a infringir o direito de privacidade e de respeito?




O outro Tópico que tem estado muito presente nas comunicação/perguntas/questões é o de saber se esta "apressada" aprendizagem em modo remoto, transporta Lições Aprendidas que iluminem o Futuro da Educação (sabem que prefiro usar Aprendizagem no sentido holístico de ao longo da vida).

Uns "acham" que assim que estivermos seguros nas Escolas volta tudo a ser como dantes. (ou quase, porque estamos sempre em mudança, embora muitas vezes nem demos por ela) Outros que a Educação/Formação/Aprendizagem vai mudar radicalmente e nada será como dantes. O interessante disto é que se há uma unanimidade geral, sim incluindo os decisores políticos, é que os processos e modelos de aprendizagem TÊM que mudar. (Esta Educação não serve, diz a CE/DGEAC). Mas isso, já vinha de antes da pandemia! Vejam bem, há o perigo de regredirmos! A bem intencionada iniciativa do #estudoem casa foi, a meu ver, uma grande oportunidade perdida para que uma firme e estruturada (o suficiente) aprendizagem ( que não ensino) a distância se instalasse. E, cá vai o alerta! Foi bom termos mais banda larga e tecnologia síncrona e de comunicação gratuita cedida pelas grandes Tecnológicas. Mas, a conta para pagar vai chegar!

 
I remember one of my influencers relevant quotes: " The greatest danger in times of turbulence is not the turbulence; it is to act with yesterday's logic". Peter Drucker.

No seu recente comentário sobre o artigo "The true purpose of education// Doug Johnson, The Blue Skunk Blog, May 01, 2020

Stephen Downes comentou:

Fomos forçados recentemente, mais do que o habitual, a pensar no propósito da escola. ".... Formar-se na escola depende muito mais do QE de um aluno do que do QI, se o QE é a capacidade de se conformar com as normas sociais. E quanto desse QE está a saber quando simplesmente calar a boca, ir com o fluxo, e continuar a acompanhar?" pergunta Doug. E, por sua vez Dean Shareski apresenta dois argumentos: "1. A aprendizagem pode e vai acontecer, com ou sem escolas. 2. Comunidade e Conexões (rede) são as coisas mais importantes que as escolas fazem, escreve. "Esta crise solidificou as minhas crenças." "Opinião Impopular: Aprender não é a coisa mais importante que as escolas oferecem."


Numa dessas conversas online em que tenho participado ouvi que era preciso "(re) ganhar o sentido da academia" (da socialização, das dinâmicas associativas, da internacionalização, da mobilidade) e que, por outro lado, muitos dos lideres e decisores depararam-se com soluções tecnológicas que eles ignoraram olimpicamente durante anos. Alguns destes admitem, benevolamente, que no Futuro este elevado nível de satisfação, em que muitos se reveem e aprendem, mostrou vantagens: ganho de tempo (em processos, burocracia); poupanças (papel, deslocações); benefícios ambientais; eficiência (reuniões regulares e mais e melhor intercomunicação). Mas não lhes ouvi o essencial: aprender a distância exige uma metodologia própria (pedagógica/andragógica) e que os professores e gestores educativos/formativos têm que se apropriar dela para que ela seja eficaz. Porque aprender acontece sempre, em qualquer lugar e a cada momento, e a Tecnologia (aqui incluo a IA; "machine learning"; "deep learning" ; robotização) é para ajudar e incluir. Não para excluir.

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