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Writer's pictureArnaldo Santos

Será que?

“The art of teaching is the art of assisting discovery”, Mark Van Doren



Vivemos tempos de mudança. Olhamos para o tempo de forma diferente. Fazemo-lo a partir de casa, confinados por uma pandemia que nos obriga a meditar e a pensar em novos cenários, novos espaços e em novas formas de interação, de colaboração e de formação,

A sociedade atual mudou muito. Os mais recentes desenvolvimentos tecnológicos fizeram eclodir novos serviços, novas plataformas, novas tecnologias e novas formas de as utilizar para fins educacionais e formativos.


Assistimos, hoje, a um desenvolvimento acentuado ao nível da personalização de ambientes de eLearning, da sua adequação aos contextos de aprendizagem, da mobilidade e velocidade de acesso, da inteligência computacional, da imersividade e formação em contexto e da integração com as ferramentas disponíveis em contexto de redes sociais.


O Ensino a distância (EaD) e o eLearning em particular parecem ter, finalmente, despertado o interesse mundial, tanto ao nível político como ao nível da sociedade em geral.

Perante estes cenários e tendo participado em vários projetos de Ensino a Distância e eLearning ao longo da vida, partilho neste espaço um conjunto de questões para meditação e debate, suportadas pelo designado “Será que?”:

  1. Será que o sucesso de uma estratégia de EaD deverá apenas estar centrada na tecnologia, em vez de estar mais focada na componente pedagógica e comunicacional que lhe está associada?

  2. Será que as metodologias de autoaprendizagem e de aprendizagem colaborativa devem ter em conta o processo de desenho da instrução e de interação humano-computador para contextos digitais, suportadas por planos de intervenção pedagógicos adequados?

  3. Será que o Professor e o Formador estarão a ser substituídos pela máquina, ou será que desempenham um papel essencial e deverão ser considerados como um dos elementos-chave nos processos educativos ou formativos, adaptando-se a contextos de aprendizagem colaborativa?

  4. Será que, numa perspetiva operacional, a formação e a preparação dos nossos Professores e Formadores não deve ser uma aposta nacional, suportada por processos pedagógicos e por plataformas digitais desenhados especificamente para o efeito?

  5. Será que, do ponto de vista de gestão de recursos humanos, o eLearning e o bLearning não devem fazer parte do modelo da organização e estar integrados no processo de formação, com foco na qualidade e na criação de valor?

  6. Será que a aposta na inovação em contextos de educação e de formação profissional, suportada pelos novos desenvolvimentos tecnológicos, pela inteligência artificial e pela análise de dados digitais não nos permitirá fazer diferente e aprender melhor?

As respostas a estas questões serão certamente uma mais valia para a sociedade e para o sucesso da educação e da formação a nível nacional, queiram os nossos gestores e decisores investir e apresentar padrões de pensamento novos e mais abrangentes para que a aspiração coletiva ganhe liberdade e que as pessoas possam continuar a aprender e a viver juntas, mesmo que remotamente.

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1 Comment


Etelberto Costa
Etelberto Costa
Apr 09, 2020

Será que o tempo que nos antecede permitiu dar este Presente e construir esse Futuro? A abordagem deve ser construída, não sobre as ferramentas que estamos a usar no Presente e que está a permitir a continuidade e a dar solução a quem não estava preparado ou mesmo não queria, mas como afirmas com recurso intenso (sempre pedagógico, e moralmente controlado, claro!) à IA, ao "machine learning" e "deep learning". Tantas vidas teriam sido salvas se Robots fossem usados para substituir Pessoas naqueles "infernos". Os que se conseguissem, mesmo que ínfimos, estariam ainda hoje cá. E, também na Linha saúde24 onde protocolos com "chatboots" teriam libertado tantas Pessoas da Saúde para funções menos passivas. Na Educação/Formação/Aprendizagem a EU/CE perde…

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