A situação imprevista suscitada pelo Corona vÃrus, surge como a grande oportunidade de alterarmos paradigmas educacionais.
O desinvestimento tecnológico nas escolas do PaÃs, o desinvestimento em Formações nesta área, deixou-nos imersos num tremendo deserto.
Quando subitamente as escolas se depararam com a necessidade de usarem ferramentas à distância, e muitas sem plataformas preparadas para serem usadas, a que é que se recorreu?
À bengala do e-mail.
Convido-vos a refletirem comigo sobre o Não redondo que devemos dar ao e-mail.
Existe vida para além do correio eletrónico 🙄
Algumas ideias avulsas:
não permite interação entre todos em simultâneo;
serve apenas de " correio";
não permite a criação de fóruns;
O correio eletrónico é apenas e só uma forma de comunicação.
Não uma forma de aprender a aprender.
Deixo-vos um texto escrito em 2005 que exemplifica para que serve um correio eletrónico...
Olá a ambos. A utilização do e-mail por muito docentes, prende-se com o não investimento geral e dos próprios noutras ferramentas. As escolas que apenas utilizavam o Moodle, numa utilização muito básica, consideraram fundamental investirem noutro tipo de plataformas. Será nessas plataformas que docentes e discentes irão funcionar. Quem já as tinha, não padeceu deste problema. " Dito isto" o WhatsApp foi utilizado por alguns até porque a interação é maior, os trabalhos e orientações podem ser enviados. Instruções curtas, por mensagem voz, interação com grupo turma e individualmente, links, vÃdeos, filmes, comentários etc. Não é ideal mas foi muito utilizado na ausência de melhor. O problema das assimetrias é que nesta modalidade, elas desnudaram-se completamente. Ainda assim, muitos alunos que tinham pelo menos o telemóvel, faziam trabalhos manuscritos,tiravam fotos e enviavam ao professor.Em pleno Séc, XXI, todas estas práticas são absurdas, não tiveram outra alternativa.
Considero que este é o momento de se repensar seriamente a diminuição destas assimetrias, dotando os alunos das ferramentas digitais mÃnimas que permitam acompanhar as atividades letivas. A questão não se prende apenas e só com o momento presente mas com as desigualdade no acesso à aprendizagem, mesmo de forma presencial.Todavia, após a interrupção letiva, a maioria das escolas terá as suas plataformas a funcionar. Existem diretivas gerais, por conseguinte, o "querer" funcionar por e-mail irá desaparecer. As escolas inclusivas, são-no se de facto Todos tiverem acesso à s ferramentas (digitais ou impressas). Isso não acontece, logo a escola não é inclusiva...
Não é que não se fale das assimetrias e da falta de equidade na aprendizagem, mas parece-me que estás circunstâncias tornaram o problema muito mais visÃvel e premente.
Colegas, concordo com a argumentação de Paula, mas assim como disse José entendo que para muitos é único recurso. Vou dizer mais, para algumas realidades que conheço no Brasil, por exemplo, o único contacto de algumas escolas com os pais e alunos é via WhatsApp, meio pelo qual as atividades estão sendo enviadas e sem uma perspetiva de devolução para correção e feedback. Muitas outras escolas por lá, nem a isso tem acesso. 😑
Concordo, embora provavelmente seja a solução a que muitas pessoas irão (querer) recorrer :-).