Há muito pouco tempo acordei para as questões do ensino a aprendizagem no meio desta quarentena. Amigos simpáticos foram-me dizendo que a minha experiência podia ser útil. Tenho dúvidas, mas como eu costumava dizer quando era muito mais novo e as situações apertavam … daqui a cinquenta anos não se nota nada. Agora, para mim vão ser precisos muitos menos anos. Por isso aqui vai o meu primeiro pensamento matinal que aliás, já me vinha a roer no juÃzo há uns dias.
Penso que a metáfora da guerra que os polÃticos, mas não só, tem vindo a utilizar não é adequada à situação que vivemos e espero que os meus filhos e netos não a venham a experimentar, Mas, de qualquer forma, ela anda por aà e até pode ser útil para comentar algumas situações. Imagino o que estão a viver nesta conjuntura os decisores e gestores do sistema educativo. Penso sobretudo nos directores das escolas.
Na guerra, um dos princÃpios, para mim o primeiro e fundamental, é preservar as forças próprias que, em linguagem crua e dura, quer dizer não ter baixas. Os professores, atirados para a frente, estão muito provavelmente em situações difÃceis e muitos podem soçobrar.
Já ouvi, no meio dos infindáveis noticiários que as televisões e as rádios vão passando, alguns decisores polÃticos, directores de escolas e professores, expressarem ideias e conselhos ponderados e pertinentes.
Não sei a quem caberá dizer que é preciso calma, paciência, e guardar forças para o dia seguinte. Ou, como dizemos nós na Marinha quando a tempestade aperta, pôr de capa. Alguém (ou alguns), em qualquer lugar em que tenham a responsabilidade de velar pelas pessoas e pelas coisas materiais sob a sua direcção, deve dar a ordem de máquinas avante devagar e aproar à vaga.
Olá Alcindo!
Muito nessa crise nos deixa apreensivos com o cenário geral, e o que mais me tocou na sua reflexão é a necessidade de evitar "baixa" quando estamos em guerra. 😌
No caso de nossa classe, professores que somos, vejo o e-learning como a bóia de salvação que evitará o naufrágio do ano letivo, como bem falou @Elizabeth Batista , e também nos protegerá para que não tenhamos baixas.
Passada a guerra, nada será como antes, e pressinto que o modelo hÃbrido de ensino será consolidado, ampliando ainda mais as possibilidades de ensino e aprendizagem, que não podem parar, haja visto somos seres eternos, em busca de evolução.🌻
Abraços
Cuide-se
#ficaemcasa
Andréa César
Olá, Alcindo. Bom dia. Pois é exatamente isso... devagar e sempre (mas é preciso finalizar o ano letivo), a situação é excecional (mas entregue tudo como se não fosse), o momento é de sobreviver, cuidar de si (mas tem que fazer homeoffice, cuidar dos filhos e se for professor, cuidar dos alunos)... enfim as mensagens passadas são contraditórias, gerando uma dissonância cognitiva e uma exaustão nas pessoas. Como você disse, usando a metáfora de guerra, espero que não tenhamos um volume enorme de baixas, aà sim essa guerra estará perdida. Bom dia pra si e fiquem todos bem.